Hoje não te amo menos do que ontem. Amo igual, sinto a tua falta igual, sinto saudades igual, sinto ciúmes igual.. Mas agora nada disso interessa. A derradeira decisão foi tomada e mais uma vez tudo acabou. Tinha medo deste dia, juro que tinha. Era tudo o que menos queria, deixar-te e tu deixares-me. É uma dor que sufoca, chega quase a ser mortal. Nunca fomos um ''casal'' apaixonado, a nossa relação era vivida aos extremos, de armas apontadas um ao outro, palavras cruéis e muitas vezes desejos amaldiçoados, mas mesmo assim amava-te como nunca amei ninguém. Eramos o trauma de quaisquer namoraditos, havia até quem dissesse que nem 1 mês aguentámos e havia quem dizia que íamos viver sempre assim. Nada disso aconteceu. Como sempre, decidimos o nosso caminho. Tentaram-se meter, não deixamos. Tentaram acabar conosco, não deixamos. Fomos o nosso próprio furacão. Desenterramos memórias antigas, mas com sabor a novo. E perdemos, perdi tudo.
Só hoje olhei umas 50x, em vão, para o telemóvel, à espera daquela pequena mensagem, sem sentido, sem forma de responder, mas estava lá e fazia-me sentir bem, porque estavas comigo e pensavas em mim. Realmente o amor torna-se rotina.
Todos os planos estão a ser queimados, até custa respirar com a intoxicação que abafa no peito. Acredita em mim, é uma dor infernal. Mas tenho que aguentar, e vou aguentar. Vou aguentar, vou respirar ar limpo. Vou me recompor e vou mostrar que consigo estar bem sem ti. Foste um capítulo lindo, por duas vezes. Mas uma terceira vez já era de mais. Por isso vou ficar com esses dois capítulos que tanto aprendi. Obrigada por tudo. Continuo amar-te, mas tu não vais saber!
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